Palmeiras e o uso da categoria de base: formação apenas para vender?
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Gabriel Veron, promessa da base do Palmeiras e Bola de Ouro da Copa do Mundo sub-17 (Reprodução/Getty Images) |
O Palmeiras teve como último destaque da sua categoria de base, Gabriel Jesus, atualmente jogador do Manchester City e constante presença na Seleção Brasileira. Desde Jesus, a equipe do Palestra Itália não conseguiu mais emplacar nenhum jogador da base, tendo fama de comprador ativo no mercado da bola toda janela de transferências e o principal, não há oportunidades para os garotos no time principal e quando há, jogam poucos minutos.
Entre Gabriel Veron e destaques da Academia, o clube segue
aproveitando pouco no seu time profissional. E cenário pode não mudar tão cedo.
Existem duas verdades absolutas para times brasileiros quando o desempenho em
campo não está no nível da expectativa criada: a torcida pede jogadores das
categorias de base e ingressos mais baratos. Se as contratações não resolvem,
que joguem os garotos; se o time não encanta e nem briga pelo título, que as
entradas não sejam tão caras para que o público siga acompanhando.
No caso do Palmeiras, somam-se a isso dois itens do contexto
atual. O clube é um dos que mais contrata no país, e por isso tem no elenco
principal só um jogador formado em casa: Victor Luis, já nos seus 26 anos, e
tendo acumulado passagens por Ceará e Botafogo. O segundo ponto foi escancarado
nos últimos dias: os resultados dos jogadores em formação têm sido ótimos,
inclusive na Seleção Brasileira sub-17, com o destaque para Gabriel Veron –
eleito Bola de Ouro da Copa do Mundo da categoria. Além de Veron, o Palmeiras
ainda vê no Bahia, o jogador Artur Victor, ser um dos principais nomes da equipe
tricolor.
Assim, reflete-se: porquê o Palmeiras e outros times brasileiros
compram tantos jogadores se a solução pode estar em casa? A base é somente para encher os cofres antes mesmo desses jogadores passarem pelo profissional?
É importante tratar e lapidar bem as joias, dar oportunidade e confiança aos garotos para desenvolverem seu futebol bem aqui no Brasil, pois muitos jogadores vão cedo para a Europa e o clube formador pode estar perdendo um talento enorme por não saber utilizar.
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