Racismo, até quando?



Taison faz gesto obsceno em meio ao racismo que sofreu. (Reprodução/Instagram) 

Era para a situação ser diferente e não estarmos mais falando sobre esse assunto dessa maneira triste, mas, infelizmente as manifestações racistas se fazem presente no meio social e do futebol e precisamos debater o tema, e ir além, precisamos ser antirracistas!

NO BRASIL

No último domingo (10), mais uma vez o racismo foi "protagonista" no estádio. Dessa vez o fato aconteceu na partida entre Atlético Mineiro x Cruzeiro. O torcedor Atleticano, Natan Siqueira Silva, de 28 anos e seu irmão, Adrierre Siqueira da Silva, se irritaram com o segurança Coutinho por ter supostamente tocado neles e em certo momento do vídeo, Natan esbraveja: “Olha sua cor", em conotação de desprezo.

Infelizmente é cada dia mais comum essas cenas nos estádios, um lugar de celebração e paixão que perde o foco e dar lugar a intolerância e preconceito ao próximo, e precisamos refletir até quando vamos ser obrigados a presenciar essas cenas absurdas nos estádios? O esporte vem com o intuito de agregar, de respeitar as diversidades e que a rivalidade saudável seja sempre dentro de campo e que o respeito sempre prevaleça fora dele.

NA EUROPA

E mais uma vez, na Europa, em pleno ano de 2019 o mundo continua a se enojar com atos de racismo contra um jogador negro. Dessa vez, a vítima foi Taison Barcellos Freda, ou simplesmente, Taison. O jogador cria da base do internacional de Porto Alegre e que atua no Shakhtar Donetsk se exaltou, perdeu a compostura e até chorou durante o clássico contra o Dínamo de Kiev quando os torcedores rivais, em menor número gritavam ofensas e imitavam macacos.

Como resposta aos insultos, Taison mostrou o dedo do meio, em gesto obsceno, chutando a bola em direção aos torcedores rivais no Metalist, estádio do Shakhtar. O árbitro da partida chamou os jogadores para deixarem o campo, ao presenciar o ocorrido. Ato de coragem e humanismo por parte dele.

É inadmissível e cansativo precisar falar sobre esse assunto, no século XXI. Do que adianta fazer brasões escritos “Do not racism” nas camisas e não serem tomadas sérias e duras providências quando esses atos nojentos acontecem? Isso precisa ser combatido com rispidez, já!

Já dizia o rapper Mano Brown, “Amo minha raça, luto pela cor, o que quer que eu faça é por nós, por amor.”

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